A vesícula é uma pequena bolsa que se encontra junto ao fígado e sua função é armazenar bile, um líquido amarelo-esverdeado espesso produzido pelo fígado.
Após as refeições, a vesícula se espreme liberando bile em grande quantidade no intestino para entrar em contato com o alimento e continuar o processo de digestão iniciado pelo estômago. A função básica da bile é digerir as gorduras.
A bile é composta por três substâncias: o colesterol, os sais biliares e lecitina. Juntos em quantidades proporcionais mantêm a bile em estado líquido.
Quando o colesterol ou os sais biliares são produzidos em excesso pelo fígado por alguma razão, há precipitação desta substância formando pequenos grânulos. Estes grânulos são o início das pedras.
Não, há diferentes tipos e tamanhos de pedras. Depende de qual substância a pedra é formada e há quanto tempo ela está em formação. Portanto, poderemos ter muitas ou apenas uma pedra; pedras pequenas como grãos de areia ou grandes até o tamanho de um ovo de galinha.
Cerca de 90% das pedras são formadas de colesterol. O restante é composto de sais biliares (bilirrubina). Na maioria dos casos a razão da formação das pedras ainda não é bem conhecida. Entretanto, algumas pessoas que tem problemas relacionados a destruição de hemácias (hemólise) tem grande chance de ter pedras na vesícula devido ao aumento do pigmento de bilirrubina no interior da vesícula.
Dor abdominal intensa, geralmente tipo cólica, que pode se localizar no lado direito do abdômen abaixo da costela, boca do estômago, ou ainda nas costas. Pode se localizar em todos os lugares descritos ao mesmo tempo ou separadamente.
Sim. Dentre as principais complicações estão:
A cólica biliar que ocorre quando uma das pedras fica presa na saída da vesícula impedindo o fluxo de bile, levando a uma distensão importante da vesícula. Há então um esforço da mesma para expelir a pedra. O resultado é uma dor tipo cólica.
Se a pedra permanece na saída vesícula por um período prolongado ocorre uma segunda complicação chamada colecistite aguda. É uma inflamação da vesícula biliar com dor intensa, constante geralmente acompanhada de febre.
A coledocolitíase é o resultado da migração de uma pedra de dentro da vesícula biliar para o canal da bile. Nestes casos o paciente fica ictérico (a pele e os olhos ficam amarelados como na hepatite) pois a bile fica impedida de chegar ao intestino , acumulando-se no fígado e sangue.
A colangite e a pancreatite são as complicações mais graves secundárias à migração das pedras para o canal da bile.
Atualmente o exame mais preciso para o diagnóstico de pedras na vesícula é a ultrassonografia. Exames radiológicos podem ser realizados. Algumas vezes o paciente descobre que tem pedras na vesícula durante a investigação de outra doença.
Pacientes com diagnóstico de pedras na vesícula sem nunca terem apresentados sintomas devem conversar com o seu médico a respeito da indicação de cirurgia. Habitualmente não há indicação cirúrgica nestes casos.
Para os pacientes com indicação de tratamento, existem dois métodos cirúrgicos para remover a vesícula biliar e as pedras:
Atualmente existem dois métodos não-cirúrgicos de eliminar as pedras da vesícula:
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